25 fevereiro 2008

Canônes dos Quadrinhos (4)


(cont. do post abaixo)
Mafalda, de Quino - Vocês eu não sei, mas eu adoro até hoje, mesmo após ter lido tudo milhões de vezes. Sem contar que, trinta e tantos anos após sua criação, continua atual e contundente. E mais: Quino consegue (como de resto em suas charges posteriores à Mafalda, que também são geniais) ser ingenuamente engraçado e politicamente mordaz ao mesmo tempo. Como? Não sei.
Fradim, do Henfil (Alguém dirá: “mas é nacional, não teve influência fora daqui”. Ok, o argumento é válido. Mas o Fradim do Henfil é uma das obras em quadrinhos mais consistentes que eu já li, como não inseri-la? Nunca vi, antes ou depois, um traço tão poderosamente conciso e expressivo. O mais estranho é que justamente quando o Fradim atingiu uma maturidade como personagem, Henfil o abandonou, não sei se por opção ou necessidade.)
WigWamBam, de Jaime Hernandez (eu poderia colocar aqui toda a série Locas, mas este álbum é insuperável. Além do mais, no início de Love&Rockets, Jaime estava meio que estudando as personagens e seu universo. Só anos mais tarde é que ele atingiria, digamos, a maturidade.)

Cavaleiro das Trevas
, de Frank Miller (li quando tinha dez anos. Adorei, mas não compreendi todo o desdobramento daquilo ali. Apeos ler mais umas dez vezes (desde 1987 = uma vez a cada dois anos), ainda encontro novidades, formais e de conteúdo. e tenho certeza que todo autor de super-herói, roteirista ou desenhista, também encontra.

Sin City, de Frank Miller (o que dizer de uma HQ cujos desenhos parecem moldes vazados, e que, ainda assim, são extremamente realistas? Miller, ele sim, encontrou a via de escape para a falta de renovação dos super-heróis - mais uma vez, pois ele já havia feito o mesmo com o Demolidor, no início dos 80)

Calvin, de Bill Watterson (este é o quadrinho que me dá inveja, pois eu gostaria de tê-lo feito. Watterson me confortou, pois me fez acreditar - não quero ser piegas - , mais do que nunca, que os Estados Unidos ainda tinham humanidade, e que ainda havia esperança no futuro das crianças daquele país. Bem, como tudo que é bom dura pouco, Calvin teve uma passagem efêmera, de dez anos precisamente, por este mundo.)

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